De maneira bem simplista, pode-se dizer que a mulher Amélia era criada para servir aos homens de sua vida: ao pai, ao irmão, ao marido, aos filhos. Depois de queimar muito sutiã, a mulher passou de serva dos homens a escrava das aparências.
Tornou-se um belo produto disponível no mercado. As inteligentes se vendem pelo Q.I., as bonitas apostam no corpão.
Mas a relação não se limita a isso, evidentemente. As mulheres batalharam e conquistaram espaço na sociedade. São profissionais, esposas, amantes, mães, ativistas, conselheiras, pagam as contas pro marido, fazem topless na praia. Hoje, mulheres e homens agem de igual pra igual quando se deparam com questões como divórcio, traição, ciúmes e solidão. Curtir a vida adoidado? Transar sem compromisso? Beber com os amigos? Direitos de todos.
Podemos tudo, aquilo-roxo como eles. (…) E agora?
As mulheres querem ser cada vez mais parecidas com os homens. Mas a verdade é que a sociedade é que está a cada dia que passa mais individualista. Não falta homem ou mulher no mercado. Falta comunicação.
Antigamente, era fácil distinguir as mulheres “pra casar”. Muitos amigos meus confessam que é difícil num primeiro ou num segundo encontro separar o joio do trigo. Isso por que houve um nivelamento por baixo nos relacionamentos. É tudo muito fácil e rápido. As garotas, por sua vez, afirmam que o nível baixou por causa da concorrência desleal. Elas transam sim logo nos primeiros encontros porque se não o fizerem o cara parte pra outra num piscar de olhos.
As pessoas estão mais tolerantes.
O problema é: a maioria das mulheres faz e defende o sexo descompromissado e desregrado pra depois cair em depressão por carência afetiva. So sorry, amigas, entreguei. Chega de se fazer de durona pra depois chorar no banheiro.
Mas e quanto à mulher “Amélia”? Já ouvi da boca de um amigo (querido, mas machista pra cara*&%):
“Mulher minha tem de cheirar a água sanitária ou a gordura”.
Argh!
Pra mim, Amélia é aquela que agrada a todos menos a ela mesma. Ela é submissa por covardia, medo ou comodismo mesmo. Hoje, a Amélia é moderna por fora, mas extremamente insegura por dentro. Põe silicone e faz lipo, mas é a sombra do homem.
Segundo Fabiano Rampazzo, autor dos livros “Manual do Xavequeiro” e “Homens”, o casamento está no imaginário tanto da mulher quanto do homem. Assim como algumas mulheres sonham com o príncipe do cavalo branco, eles também sonham com a princesa que vai fazê-los felizes para sempre.
Deu na telha, junta as escovas de dentes no mesmo palácio e vamos embora. Se o castelinho desmoronar… pedala e tá valendo. O oba oba de pegar todo mundo acaba perdendo o sentido. É um prazer momentâneo e perigoso, diga-se de passagem, nos dias de hoje. Vide Aids, DSTs e afins. Com a maturidade, homens e mulheres buscam é segurança, companheirismo.
Falta mulher pra namorar no mercado? Como assim? Passa lá no supermercado arco-íris, na rua da branca de neve nº20 e procura na prateleira cor-de-rosa. Você vai encontrar muitas mulheres ideais moldadinhas pra você. E vem garantia de 3 meses. Se não curtir, só devolver. Ninguém é perfeito. E se fosse… não teria graça.
Acredito que a palavra-chave seja mesmo comunicação. Você sabe o que você busca realmente? É o que você está transmitindo ou continua escondido atrás de máscaras sociais? Porque não adianta nada esperar a mulher ideal cair do céu se você continuar agindo feito metralhadora giratória ou, pior, feito um caramujo. Ninguém tem bola de cristal. Às vezes, a mulher/homem ideal está mais perto do que imagina, só precisam interpretar as mensagens…
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